quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cabelos Brancos


           Oi pessoal, agora a gente vai começar a tratar das consequências fisiológicas do envelhecimento. Acho que todo mundo tem um pouco de curiosidade pra saber como tudo isso acontece. Então vale muito a pena dar uma olhadinha!




                 No espectro do envelhecimento, hoje será tratada a questão dos cabelos e de seu branqueamento ao longo da vida.
                 O esbranquiçar natural dos cabelos, isto é, que se desenvolve com a idade, está intimamente ligado à exaustão irreversível da enzima que gera a melanina, a tirosinase. Ela se encontra no Aparelho de Golgi e também é denominada monofenol monoxigenase, sendo caracterizada como uma metaloenzima por apresentar cobre em sua constituição. Catalisa reações de oxidação de fenóis em animais e em vegetais e um de seus principais produtos é a famosa melanina. 


                 A melanina é um polímero de aminoácidos de tirosina, cuja formação promove uma mudança de coloração de incolor para castanho e que também proporciona proteção aos raios ultravioletas. Encontra-se nos melanócitos (ou melanoblastos), componentes da camada basal da epiderme em íntimo contato com os queratinócitos por meio de projeções citoplasmáticas que possibilitam a transferência dos referidos pigmentos melânicos para depósitos nos queratinócitos. Essa processo é classificado como secreção citócrina, isto é, de célula para célula. 






                 Dessa forma, o branqueamento dos cabelos é um processo hereditário, apresentando elevada carga genética, além de irreversível, sem prevenção e não representando uma doença que precise de tratamento. Seu surgimento na realidade pode constituir incômodo estético apenas devido à consagração universal da idéia de que cabelos brancos são sinais evidentes de velhice. Alguns medicamentos há que estimulem tal pigmentação, porém com altos efeitos colaterais que não justificam de fato sua utilização. 
                 Assim, tais melanócitos formadores da matriz dos cabelos sofrem apoptose, uma morte celular programada pela genética individual das pessoas, causando prejuízo na formação de melanina, uma vez que dentro de tais melanócitos está a enzima tirosinase. Ela é diretamente relacionada com  a reação da melanogênese. Esta enzima oxida a tirosina em 3,4-diidroxifenilalanina (DOPA), e esta novamente em DOPA-quinona. Depois de tal processo já ter ocorrido no interior dos melanossomas, a DOPA-quinona pode se ligar ao oxigênio, resultando em eumelanina, ou pode se combinar com enxofre, resultando em feomelanina.

        
         Apenas como tópico de curiosidade, defende-se a teoria de que uma vida mais saudável com bons hábitos alimentares e atividade física auxiliam no retardamento da perda do bom funcionamento do organismo e de suas atividades, dentre elas a produção de melanina. 






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