quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


               Pergunta do grupo de Alzheimer para o grupo de Envelhecimento:
               Dentre as doenças degenerativas consequentes do envelhecimento, o grupo abordou doenças de degeneração neurológica, como o Mal de Alzheimer. Nesse tema, falou-se pouco a respeito da prevenção dessas doenças, como a partir do estímulo à neuroplasticidade. Como é possível este estímulo? Há algum método específico para isso?

               Resposta do grupo de Envelhecimento:
               A neuroplasticidade, como já explicada anteriormente, é uma característica do cérebro responsável pela substituição de células nervosas, realização de novas conexões neurais e por notória remodelação nervosa, com alta maleabilidade frente a lesões. Sua atividade é aumentada por meio de sensibilização, isto é um forte estímulo causa uma resposta do organismo que se notifica de possíveis repetições de tal estímulo, para que recebam a mesma resposta. Desse modo, por meio de aprendizados, por estimulação da memória e até por atividades físicas é possível se corroborar para o desenvolvimento da neuroplasticidade com consequente diminuição da incidência de doenças neurodegenerativas. É o que se diz, por exemplo, de aprender uma nova língua na velhice, ou mesmo de completar palavras cruzadas como modos de prevenção da Alzheimer.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A ESTEATOSE E O ENVELHECIMENTO


      Olá pessoal! Vamos entender um pouco a relação que há entre a esteatose e o processo de envelhecimento. A esteatose é um distúrbio caracterizado pelo acúmulo de lipídeos em células hepáticas (principalmente), células parenquimatosas e células de fibras cardíacas devido a um comprometimento no metabolismo lipídico, o que forma vacúolos de gorduras no interior de tais células. Existem fatores mais relacionados à sua origem tais como resistência à insulina (fator central) obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo II. Mais precisamente, vamos falar da esteatose hepática não alcoólica, que é um tipo de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) visto que não é ocasionada pelo consumo de álcool e seus efeitos danosos no fígado. A esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por ação do estrogênio.
       O hepatócito normalmente sintetiza lípideos e os exporta para o tecido adiposo.  Em condições normais de boa alimentação e metabolismo não há acúmulo de triglicérides no hepatócito. A esteatose hepática pode ocorrer devido ao excesso de oferta de ácidos graxos ao fígado. Há chegada de lípideos (na forma de NEFA ou ácidos graxos livres) em excesso ao hepatócito, provenientes do tecido adiposo, excedendo a capacidade do hepatócito de processá-los e reexportá-los. Ocorre então uma intensa mobilização de ácidos graxos no tecido adiposo. A ativação da lipase é excessiva devido principalmente à falta de insulina.


       A quantidade de ácidos graxos que aportam ao fígado é muito maior que a capacidade de metabolização pelos hepatócitos. Consequentemente há esterificação e acúmulo de triglicerídeos no citosol dos hepatócitos (esteatose). Essa doença pode ocorrer também em função de uma deficiência na produção de lipoproteínas, dificultando a exportação de triglicérides do fígado para outros tecidos. 
      Em relação ao envelhecimento, a esteatose pode ocorrer devido a alterações histológicas do tecido hepático e fisiológicas nos mecanismos de degradação lipídica ocasionadas pela senescência. Tais mecanismos podem sofrer modificações ao longo dos anos que irão afetar o metabolismo lipídico que ocorre no fígado, com maiores probabilidades de ocorrer em idades mais avançadas em decorrência dos diversos fatores que atingem os processos fisiológicos que promovem o envelhecimento, já tratados anteriormente neste blog. A tendência é que se engorde mais facilmente à medida que se envelhece. Portanto os cuidados com o corpo (alimentação adequada, pratica regular de exercícios físicos) devem ser cada vez mais valorizados com o avanço da idade.  


A esteatose hepática não causa sintomas. Normalmente, o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos. A alimentação é o fator mais importante relacionada ao desenvolvimento dessa doença, pois essa é a principal fonte externa de gorduras para o corpo humano.


Não existe tratamento específico para esteatose. O alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco já mencionados. A fase de esteatose pode ser reversível apenas com alterações dos hábitos de vida.

Postado por Beatriz Mariani

Referências:

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Seu João dançando!

          Olha o Seu João que foi entrevistado dançando! Isso porque ele tem 73 anos, e vc, vai ficar parado aí?!



Postado por Adriana Silva

Pílula anti-envelhecimento?



     Estudos feitos no laboratório de Andrzej Bartke mostram que ratos com uma mutação genética que inibe o hormônio do crescimento ou IGF (insuline growth factor) apesar de terem um terço do tamanho de um rato normal, eles apresentam um envelhecimento diferente. Estes aparentam estar mais jovens e são mais saudáveis em comparação aos outros com o passar do tempo.

     Experimentos como esse evidenciam que o processo de envelhecimento não é tão incontrolável como se imagina e desperta, portanto, a busca por mecanismos e medicamentos que podem retardar esse processo ou prevenir efeitos com as doenças que têm como principal fator de risco a idade.
    Este será então o tema deste post, com base no artigo, vamos entender quais são as perspectivas de se ter uma pílula anti -envelhecimento e em que se baseia os estudos que buscam esse medicamento "milagroso".



  Uma das pesquisas mais antigas a respeito de mecanismos de envelhecimento, que se iniciou na década de 1930 e vem sendo trabalhada por diferentes estudos até hoje, busca mostrar se uma dieta de restrição calórica aumenta o tempo de vida. Ao longo desse tempo, portanto, um conjunto de estudos mostrou que a redução na ingestão de calorias em 30%, sem causar desnutrição, refletiu em uma extensão do tempo de vida de todas as espécies estudadas. Além disso, também foi mostrado que essa restrição também diminui a incidência de doenças relacionadas com o envelhecimento, como câncer, diabetes e doenças auto-imunes.

     Isso foi uma descoberta de muita importância e por esse motivo vem sendo trabalhada até hoje, pois com um só tratamento, seria possível tratar de mais de uma enfermidade que é consequência desse processo natural. Dessa forma começou a se pensar em um medicamento que pudesse agir da mesma forma que essa dieta age, mas para isso seria necessário saber onde e como essa restrição atinge o organismo. A maior parte das pesquisas acredita que isso se dê por dois caminhos centrais: o primeiro seria a IGF, como já foi citado; o segundo seria o TOR (alvo da rapamicina).
    Estudos recentes sobre a ação da rapamicina mostraram que ao se adicionar essa substância na comida de ratos, o tempo de vida aumentou em 14% nas fêmeas e 9% nos machos. Não se sabe ainda como ela promove esses efeitos, onde ela age especificamente. Assim, não há como considerá-la como opção para um medicamento ainda, visto que apresenta sérios efeitos colaterais, sendo a imunosupressão um dos mais importantes entre eles. Por esse motivo, os pesquisadores continuam estudando com o objetivo de se saber exatamente a forma de ação da rapamicina, para que assim encontrem um medicamento que tenha o mesmo resultado com menos efeitos negativos para o organismo.
     Então, por enquanto esse medicamento "milagroso" que é o sonho de muita gente ainda não aconteceu,  mas para você que acreditava que isso nunca seria possível, esses estudos mostraram que talvez seu pensamento esteja errado.



     Espero que tenham aproveitado esse post super interessante e o nosso blog!

Postado por Adriana Silva

Referências:
http://www.nature.com/nature/journal/v492/n7427_supp/full/492S18a.html

          

Entrevista Seu João

 Este post mostra a entrevista com Seu João de 73 anos. Não deixe de assistir!



Postado por Adriana Silva

Exercício físico e seus benefícios para o envelhecimento


          
      O envelhecimento é um processo natural e conforme ele ocorre, as capacidades do organismo vão diminuindo, ficando assim mais debilitado a certas atividades. Juntamente com isso, aparecem as doenças crônico-degenerativas, cardiovasculares e articulares que dificultam ainda mais esse processo.
       No entanto, apesar da contribuição genética, essa queda na capacidade funcional do idoso pode ser retardada ou acelerada dependendo do estilo de vida que se leva. Por esse motivo, vamos tratar neste post um assunto que é muito importante para se ter um envelhecimento saudável: a prática de exercício físico, ela pode mudar totalmente a realidade de um idoso proporcionando uma nova vida.
     Com o passar dos anos, quando o corpo chega nessa fase, a massa magra vai diminuindo progressivamente, o que é chamado de sarcopenia. Isso é causado pela diminuição no comprimento, elasticidade e número de fibras. Enquanto isso, a massa gorda nos tecidos aumenta, provocando assim um enfraquecimento ósseo, gerado por desmineralização desse tecido.  Além disso, a capacidade de oxigenação do idoso é muito menor do que quando adulto, o que dificulta a atividade das células musculares esqueléticas na prática de exercícios. Dessa forma, a tendência é cada vez mais se estabilizar em um sedentarismo com a chegada da terceira idade.
           Porém, essa realidade pode ser alterada com a mudança de hábitos, como o início da prática de atividades físicas, sendo que quanto mais cedo ela for iniciada, mais benefícios se obtêm, por isso não se deve esperar para começar!
          Várias pesquisas mostram que idosos que praticam exercícios físicos têm a saúde de pessoas sedentárias até 20 anos mais novas, melhora a taxa de glicose nos diabéticos, visto que aumenta o número de receptores de glicose na membrana celular diminuindo a quantidade da molécula circulante no sangue, e melhora a capacidade motora de forma geral, dando assim uma autonomia para essa pessoa.
          No próximo post vocês verão um vídeo que mostra como essa prática pode mudar a vida de um idoso. Então não espere aí sentado o tempo passar, independentemente da sua idade, procure uma atividade que lhe agrade e mude essa realidade ou mude a perspectiva do seu corpo e saúde no futuro!

Postado por Adriana Silva

Referências:

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pergunta do grupo de Obesidade para o grupo de Envelhecimento:

          Se o envelhecimento é caracterizado pela diminuição de fibras musculares, consequentemente há a diminuição do gasto energético. Por qual motivo aumenta o número de radicais livres sendo que idosos são mais sedentários?

        Resposta do grupo de Envelhecimento:

         Na verdade, explicando de forma sucinta  o que ocorre não é um aumento dos radicais livres, mas sim uma diminuição das moléculas antioxidantes. Com isso, uma maior quantidade de radicais livres vai deixar de reagir com os antioxidantes, o que acarreta num aumento de radicais em pessoas idosas.