sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Teoria Mitocondrial do Envelhecimento





                Utilizando os conceitos previamente vistos no blog, hoje será apresentada a teoria mitocondrial do envelhecimento, com suas múltiplas causas, complicações e detalhes.
                 Relembrando os importantes conceitos de radicais livres, que são produzidos pelas mitocondrias e altamente reativos, capazes de danificar lipídeos, proteínas e até DNA; além de estresse oxidativo, que constitui a perturbação do equilíbrio pró-oxidante-antioxidante e que pode levar a uma lesão potencial, torna-se fundamental relacioná-los com a teoria supracitada.
                 Uma das teorias do envelhecimento é a mitocondrial, que afirma que os radicais livres geram danos em nível do DNA, com deterioração da síntese de proteínas e de lipídeos, além de possíveis lesões de membrana e alterações em sua fluidez (o que dificulta a comunicação intercelular adequada), podendo até afetar o desempenho de órgãos inteiros. As mitocondrias constituem importante fonte de oxidantes endógenos, de produção energética e de sistema elétrico de transporte. Danos oxidativos causados em seu mtDNA, por parte pela neurotoxina Beta-proteína Amiloide estão intimamente relacionados com processo de envelhecimento segundo tal teoria.








                 O processo ocorre assim: um aumento progressivo das quantidades de peróxidos geram uma desregulação mitocondrial, que produzem injúrias teciduais e eventuais mortes celulares. A mitocondria tem sua integridade gradualmente diminuída com o passar dos anos, sendo bastante sensível a tal dano oxidativo por ser uma cadeia cíclica de eventos sem fim: a diminuição de sua quantidade desregula a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), que culminam em danos em tal organela e na consequente produção dos referidos oxidantes.











                 Somente lembrando que alguns dos responsáveis por tal oxidação são o oxido nítrico (NO) e as especies reativas de oxigenio (ROS), as quais são continuamente geradas pela cadeia transportadora de elétrons na mitocondria, cuja síntese é gradativamente acumulada e pode chegar a gerar um estresse oxidativo crônico. Existem estudos que revelam a presença de uma proporção inversa entre a produção dos referidos peróxidos e a longevidade mitocondrial em mamíferos.













                 Dessa forma, a teoria mitocondrial do envelhecimento trabalha com a fundamental importância de tal organela para a célula e para a existência da vida como um todo e como alterações quaisquer relacionadas a ela podem afetar drasticamente o organismo. É preciso ratificar, contudo, que seu mecanismo de regulação se torna menos eficiente com o tempo e à medida que se atinge idades mais avançadas, iniciando o ciclo acima descrito com final no dano oxidativo e tornando tal teoria bastante valida e pertinente à discussão.


Bibliografia
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000600022
http://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-643614

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