quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


               Pergunta do grupo de Alzheimer para o grupo de Envelhecimento:
               Dentre as doenças degenerativas consequentes do envelhecimento, o grupo abordou doenças de degeneração neurológica, como o Mal de Alzheimer. Nesse tema, falou-se pouco a respeito da prevenção dessas doenças, como a partir do estímulo à neuroplasticidade. Como é possível este estímulo? Há algum método específico para isso?

               Resposta do grupo de Envelhecimento:
               A neuroplasticidade, como já explicada anteriormente, é uma característica do cérebro responsável pela substituição de células nervosas, realização de novas conexões neurais e por notória remodelação nervosa, com alta maleabilidade frente a lesões. Sua atividade é aumentada por meio de sensibilização, isto é um forte estímulo causa uma resposta do organismo que se notifica de possíveis repetições de tal estímulo, para que recebam a mesma resposta. Desse modo, por meio de aprendizados, por estimulação da memória e até por atividades físicas é possível se corroborar para o desenvolvimento da neuroplasticidade com consequente diminuição da incidência de doenças neurodegenerativas. É o que se diz, por exemplo, de aprender uma nova língua na velhice, ou mesmo de completar palavras cruzadas como modos de prevenção da Alzheimer.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A ESTEATOSE E O ENVELHECIMENTO


      Olá pessoal! Vamos entender um pouco a relação que há entre a esteatose e o processo de envelhecimento. A esteatose é um distúrbio caracterizado pelo acúmulo de lipídeos em células hepáticas (principalmente), células parenquimatosas e células de fibras cardíacas devido a um comprometimento no metabolismo lipídico, o que forma vacúolos de gorduras no interior de tais células. Existem fatores mais relacionados à sua origem tais como resistência à insulina (fator central) obesidade, hipertensão arterial e diabetes mellitus tipo II. Mais precisamente, vamos falar da esteatose hepática não alcoólica, que é um tipo de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) visto que não é ocasionada pelo consumo de álcool e seus efeitos danosos no fígado. A esteatose hepática é mais comum no sexo feminino, provavelmente por ação do estrogênio.
       O hepatócito normalmente sintetiza lípideos e os exporta para o tecido adiposo.  Em condições normais de boa alimentação e metabolismo não há acúmulo de triglicérides no hepatócito. A esteatose hepática pode ocorrer devido ao excesso de oferta de ácidos graxos ao fígado. Há chegada de lípideos (na forma de NEFA ou ácidos graxos livres) em excesso ao hepatócito, provenientes do tecido adiposo, excedendo a capacidade do hepatócito de processá-los e reexportá-los. Ocorre então uma intensa mobilização de ácidos graxos no tecido adiposo. A ativação da lipase é excessiva devido principalmente à falta de insulina.


       A quantidade de ácidos graxos que aportam ao fígado é muito maior que a capacidade de metabolização pelos hepatócitos. Consequentemente há esterificação e acúmulo de triglicerídeos no citosol dos hepatócitos (esteatose). Essa doença pode ocorrer também em função de uma deficiência na produção de lipoproteínas, dificultando a exportação de triglicérides do fígado para outros tecidos. 
      Em relação ao envelhecimento, a esteatose pode ocorrer devido a alterações histológicas do tecido hepático e fisiológicas nos mecanismos de degradação lipídica ocasionadas pela senescência. Tais mecanismos podem sofrer modificações ao longo dos anos que irão afetar o metabolismo lipídico que ocorre no fígado, com maiores probabilidades de ocorrer em idades mais avançadas em decorrência dos diversos fatores que atingem os processos fisiológicos que promovem o envelhecimento, já tratados anteriormente neste blog. A tendência é que se engorde mais facilmente à medida que se envelhece. Portanto os cuidados com o corpo (alimentação adequada, pratica regular de exercícios físicos) devem ser cada vez mais valorizados com o avanço da idade.  


A esteatose hepática não causa sintomas. Normalmente, o diagnóstico é feito acidentalmente através de exames de imagem, como ultrassonografias ou tomografias computadorizadas solicitadas por outros motivos. A alimentação é o fator mais importante relacionada ao desenvolvimento dessa doença, pois essa é a principal fonte externa de gorduras para o corpo humano.


Não existe tratamento específico para esteatose. O alvo deve ser o tratamento dos fatores de risco já mencionados. A fase de esteatose pode ser reversível apenas com alterações dos hábitos de vida.

Postado por Beatriz Mariani

Referências:

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Seu João dançando!

          Olha o Seu João que foi entrevistado dançando! Isso porque ele tem 73 anos, e vc, vai ficar parado aí?!



Postado por Adriana Silva

Pílula anti-envelhecimento?



     Estudos feitos no laboratório de Andrzej Bartke mostram que ratos com uma mutação genética que inibe o hormônio do crescimento ou IGF (insuline growth factor) apesar de terem um terço do tamanho de um rato normal, eles apresentam um envelhecimento diferente. Estes aparentam estar mais jovens e são mais saudáveis em comparação aos outros com o passar do tempo.

     Experimentos como esse evidenciam que o processo de envelhecimento não é tão incontrolável como se imagina e desperta, portanto, a busca por mecanismos e medicamentos que podem retardar esse processo ou prevenir efeitos com as doenças que têm como principal fator de risco a idade.
    Este será então o tema deste post, com base no artigo, vamos entender quais são as perspectivas de se ter uma pílula anti -envelhecimento e em que se baseia os estudos que buscam esse medicamento "milagroso".



  Uma das pesquisas mais antigas a respeito de mecanismos de envelhecimento, que se iniciou na década de 1930 e vem sendo trabalhada por diferentes estudos até hoje, busca mostrar se uma dieta de restrição calórica aumenta o tempo de vida. Ao longo desse tempo, portanto, um conjunto de estudos mostrou que a redução na ingestão de calorias em 30%, sem causar desnutrição, refletiu em uma extensão do tempo de vida de todas as espécies estudadas. Além disso, também foi mostrado que essa restrição também diminui a incidência de doenças relacionadas com o envelhecimento, como câncer, diabetes e doenças auto-imunes.

     Isso foi uma descoberta de muita importância e por esse motivo vem sendo trabalhada até hoje, pois com um só tratamento, seria possível tratar de mais de uma enfermidade que é consequência desse processo natural. Dessa forma começou a se pensar em um medicamento que pudesse agir da mesma forma que essa dieta age, mas para isso seria necessário saber onde e como essa restrição atinge o organismo. A maior parte das pesquisas acredita que isso se dê por dois caminhos centrais: o primeiro seria a IGF, como já foi citado; o segundo seria o TOR (alvo da rapamicina).
    Estudos recentes sobre a ação da rapamicina mostraram que ao se adicionar essa substância na comida de ratos, o tempo de vida aumentou em 14% nas fêmeas e 9% nos machos. Não se sabe ainda como ela promove esses efeitos, onde ela age especificamente. Assim, não há como considerá-la como opção para um medicamento ainda, visto que apresenta sérios efeitos colaterais, sendo a imunosupressão um dos mais importantes entre eles. Por esse motivo, os pesquisadores continuam estudando com o objetivo de se saber exatamente a forma de ação da rapamicina, para que assim encontrem um medicamento que tenha o mesmo resultado com menos efeitos negativos para o organismo.
     Então, por enquanto esse medicamento "milagroso" que é o sonho de muita gente ainda não aconteceu,  mas para você que acreditava que isso nunca seria possível, esses estudos mostraram que talvez seu pensamento esteja errado.



     Espero que tenham aproveitado esse post super interessante e o nosso blog!

Postado por Adriana Silva

Referências:
http://www.nature.com/nature/journal/v492/n7427_supp/full/492S18a.html

          

Entrevista Seu João

 Este post mostra a entrevista com Seu João de 73 anos. Não deixe de assistir!



Postado por Adriana Silva

Exercício físico e seus benefícios para o envelhecimento


          
      O envelhecimento é um processo natural e conforme ele ocorre, as capacidades do organismo vão diminuindo, ficando assim mais debilitado a certas atividades. Juntamente com isso, aparecem as doenças crônico-degenerativas, cardiovasculares e articulares que dificultam ainda mais esse processo.
       No entanto, apesar da contribuição genética, essa queda na capacidade funcional do idoso pode ser retardada ou acelerada dependendo do estilo de vida que se leva. Por esse motivo, vamos tratar neste post um assunto que é muito importante para se ter um envelhecimento saudável: a prática de exercício físico, ela pode mudar totalmente a realidade de um idoso proporcionando uma nova vida.
     Com o passar dos anos, quando o corpo chega nessa fase, a massa magra vai diminuindo progressivamente, o que é chamado de sarcopenia. Isso é causado pela diminuição no comprimento, elasticidade e número de fibras. Enquanto isso, a massa gorda nos tecidos aumenta, provocando assim um enfraquecimento ósseo, gerado por desmineralização desse tecido.  Além disso, a capacidade de oxigenação do idoso é muito menor do que quando adulto, o que dificulta a atividade das células musculares esqueléticas na prática de exercícios. Dessa forma, a tendência é cada vez mais se estabilizar em um sedentarismo com a chegada da terceira idade.
           Porém, essa realidade pode ser alterada com a mudança de hábitos, como o início da prática de atividades físicas, sendo que quanto mais cedo ela for iniciada, mais benefícios se obtêm, por isso não se deve esperar para começar!
          Várias pesquisas mostram que idosos que praticam exercícios físicos têm a saúde de pessoas sedentárias até 20 anos mais novas, melhora a taxa de glicose nos diabéticos, visto que aumenta o número de receptores de glicose na membrana celular diminuindo a quantidade da molécula circulante no sangue, e melhora a capacidade motora de forma geral, dando assim uma autonomia para essa pessoa.
          No próximo post vocês verão um vídeo que mostra como essa prática pode mudar a vida de um idoso. Então não espere aí sentado o tempo passar, independentemente da sua idade, procure uma atividade que lhe agrade e mude essa realidade ou mude a perspectiva do seu corpo e saúde no futuro!

Postado por Adriana Silva

Referências:

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pergunta do grupo de Obesidade para o grupo de Envelhecimento:

          Se o envelhecimento é caracterizado pela diminuição de fibras musculares, consequentemente há a diminuição do gasto energético. Por qual motivo aumenta o número de radicais livres sendo que idosos são mais sedentários?

        Resposta do grupo de Envelhecimento:

         Na verdade, explicando de forma sucinta  o que ocorre não é um aumento dos radicais livres, mas sim uma diminuição das moléculas antioxidantes. Com isso, uma maior quantidade de radicais livres vai deixar de reagir com os antioxidantes, o que acarreta num aumento de radicais em pessoas idosas.

Pergunta do grupo de Homeopatia para o grupo de Envelhecimento:

           Quando o indivíduo envelhece, sinais como cabelos brancos são notáveis, isso se deve à perda gradual de melanina (de sua produção). Por que o mesmo não ocorre com a melanina da pele e dos olhos? Qual a explicação para esse fenômeno?
             
             Resposta do grupo de Envelhecimento:

          Com o processo de envelhecimento há sim uma perda na quantidade de melanócitos da pele, o que caracteriza a pele do idoso por seu aspecto pálido, no entanto, a diminuição dos melanócitos não é tão drástica quanto à do couro cabeludo. Isso ocorre devido à diferença da capacidade dos melanócitos da pele em comparação com a do cabelo, sendo que a produção de melanina no primeiro é bem maior que no segundo. Cada melanócito da pele supre uma área bem maior do que a área que é atendida por um melanócito do cabelo. Além disso, mesmo com a diminuição de forma geral da quantidade de melanócitos da pele, há locais em que estes sofrem um processo de hiperprodução de melanina dando origem a pontos mais escuros na pele, os quais são chamados de manchas senis. 
          No caso da  íris, há uma pequena perda de melanócitos, mas não é algo que altere drasticamente a cor dos olhos, não passando de um limite basal. Não  sendo assim, perceptível. 

RESERVA INTELECTUAL


As funções cognitivas como a atenção, orientação e memória estabelecem processos pelos quais o indivíduo recebe, armazena e usa a informação e a própria realidade. Se com o tempo se produzem mudanças nas funções anteriores, estes afetariam um conjunto de processos, funções fundamentais para nossa vida.
Depois dos 60 anos o funcionamento intelectual diminui geralmente na maioria das pessoas. Isso tem que ver também com o ambiente que se encontra o idoso.
Os problemas relacionados com a memória provocam nos idosos a perda de controle sobre o comportamento. Este tipo de atribuição, por sua vez, um resultado em um pior desempenho de tarefas relacionadas com a memória.

A retenção da memória ao longo prazo se deve a uma alteração duradoura da estrutura do DNA nuclear, outros descrevem a síntese de proteína neuronal com o registro de memória, o suporte tem sido demonstrado que a inibição da síntese de proteína interfere com o armazenamento de memória e recordação
A diminuição da memória constitui o primeiro sinal do envelhecimento cerebral que eventualmente vai progredindo em demência senil, assim também como a doença de Alzheimer.
Numerosos estudos confirmaram níveis reduzidos de colina acetiltransferase (CAT) no hipocampo, assim se sabe também que a CAT diminui com a idade. Sua alteração pode apresentar transtornos na doença de Alzheimer.    


 Postado por Maria Rugeles


Bibliografía:

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Pergunta ao blog


               Pergunta do grupo de Alzheimer para o grupo de Envelhecimento:
               Dentre as doenças degenerativas consequentes do envelhecimento, o grupo abordou doenças de degeneração neurológica, como o Mal de Alzheimer. Nesse tema, falou-se pouco a respeito da prevenção dessas doenças, como a partir do estímulo à neuroplasticidade. Como é possível este estímulo? Há algum método específico para isso?

               Resposta do grupo de Envelhecimento:
               A neuroplasticidade, como já explicada anteriormente, é uma característica do cérebro responsável pela substituição de células nervosas, realização de novas conexões neurais e por notória remodelação nervosa, com alta maleabilidade frente a lesões. Sua atividade é aumentada por meio de sensibilização, isto é um forte estímulo causa uma resposta do organismo que se notifica de possíveis repetições de tal estímulo, para que recebam a mesma resposta. Desse modo, por meio de aprendizados, por estimulação da memória e até por atividades físicas é possível se corroborar para o desenvolvimento da neuroplasticidade com consequente diminuição da incidência de doenças neurodegenerativas. É o que se diz, por exemplo, de aprender uma nova língua na velhice, ou mesmo de completar palavras cruzadas como modos de prevenção da Alzheimer.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Alimentação


                Com a preocupação constante relacionada ao envelhecimento corporal, inúmeras pessoas recorrem a cirurgias plásticas e a métodos paliativos para tentarem atrasar tal processo. Esquecem-se, contudo, de que cuidados com a alimentação e com a mente são deveras mais eficazes na manutenção de um corpo saudável e jovial.
                 No contingente populacional idoso, é muito freqüente a presença da osteoporose, em que a saúde e a firmeza ósseas estão seriamente afetadas. Uma de suas causas é a insuficiência de cálcio e de vitamina D, a qual é lipossolúvel e obtida através da dieta e da luz solar, sendo, dessa forma, comprometida em pessoas que vivem em países de altas latitudes. Uma vez com baixa quantidade de tal vitamina, a absorção e a utilização de cálcio pelo organismo ficam prejudicadas e a doença acaba por se instalar.



  
                 Uma das relações entre alimentação e envelhecimento está na produção de radicais livres, os quais afetam diretamente o funcionamento celular, adiantando seu envelhecimento e causando na pele, por exemplo, o aparecimento de manchas, de rugas e de maior flacidez e perda de elasticidade. Dentre os alimentos responsáveis por um envelhecimento precoce devido a altas concentrações de gordura saturada e de colesterol estão congelados, frios, frituras, carne vermelha e açúcar - o qual realiza especialmente a chamada glicação, ligação entre moléculas e proteínas do corpo humano e responsável pelo surgimento de marcas de expressão, flacidez e perda da firmeza e da consistência da pele. Uma importante alternativa é o acréscimo na dieta de legumes, frutas e hortaliças, ricos em antioxidantes e prevensores dos efeitos danosos dos demais alimentos supracitados. 
                 A alimentação é fator intrinsecamente relacionado ao processo de envelhecimento do organismo como um todo. Seus nutrientes e vitaminas (ou mesmo a falta deles) regulam o funcionamento das minúcias do corpo humano como poucas pessoas imaginam.





              A seguir, alguns exemplos de suas atuações. Cálcio, potássio e cobre combatem dores e falta de memória, a qual também é evitada, juntamente com falha neuronal e surgimento de depressão, pelos ômegas 3 e 6, que aumentam a velocidade das sinapses. Já o manganês evita que o colágeno se desintegre e, assim, permaneça funcional para a utilização sadia das articulações e o zinco apresenta a enzima antioxidante superóxido dismutase (SOD), que diminui a quantidade de radicais livres. Dentre as vitaminas, C apresenta características oxidantes e prevenção do envelhecimento, enquanto B1 e B2 são ativas na saúde mental.
                 Alimentos como o chá verde, repleto de catequinas e polifenóis, auxiliam a estruturação do colágeno além de inibirem o surgimento de células cancerígenas na pele. A soja aumenta o funcionamento de enzimas antioxidantes e cogumelos são pobres em gorduras, estimulando o funcionamento do organismo e a aquisição de massa magra, sendo de fundamental importância seu consumo para a manutenção do bom e jobem regulamento da maquina humana.




Sistema imune no envelhecimento


SISTEMA IMUNE


O envelhecimento é relacionado com mudanças no sistema imune.

Nos 60 anos o timo é transformado completamente em tecido adiposo, isso faz que o corpo tenha uma diminuição em linfócitos T com padrão de citoquinas TH1, diminuindo também a capacidade de montar uma resposta imune celular contra antígenos tumorais.

            Um signo da diminuição da imunidade celular no idoso tem que ver com a alteração da resposta de hipersensibilidade dérmica retardada isso se deve a diminuição de secreção de IL-2 devido à alteração no sinal de transdução nos linfócitos T.

           A proteína CD28 é um co-estimulante da união do receptor da superfície do linfócito T com a superfície da célula que possui o antígeno, esta proteína também contribui com a secreção e ativação da IL-2.  No idoso se apresenta a ausência ou diminuição desta proteína, assim se justifica a disfunção da resposta imune



           Embora os níveis de imunoglobulinas (sintetizadas por linfócitos B maduros) estão em aumento no idoso, a capacidade na resposta a antígenos específicos está diminuída (tem que ver também com a menor resposta às vacinas na terceira idade). Com o tempo se produz aumento nos autoanticorpos (proteína produzida pelo sistema imune), fenômeno próprio de um déficit do sistema de reconhecimento e da especificidade da reação defensiva.    


           No envelhecimento pode estar diminuída a capacidade de mobilidade nas células da resposta imune como os macrófagos ou monócitos, assim como o ambiente hormonal e o maior nível de glucocorticóides no idoso podem afetar a capacidade da resposta imune.

Postado por Maria Rugeles


Bibliografia:



DOENÇA DE HUNTINGTON


DOENÇA DE HUNTINGTON

 

A doença de Huntington é um transtorno neuropsiquiátrico e genético hereditário.

 

Os sintomas se desenvolvem depois dos 40-50 anos.

No idoso a possibilidade de ter esta doença aumenta, já que o numero de repetições é proporcional à gravidade dos sintomas.  


Esta doença está associada com a seqüência excessiva de repetições CAG no quinto espaço final do em HTT, localizado no braço corto do cromossoma quatro (4). As pessoas saudáveis podem ter de 9 a 35 repetições CAG e os doentes diagnosticados com a doença de Huntington têm de 36 repetições em adiante.


O gen HTT codifica uma proteína chamada huntingtina, ela se encontra no citoplasma dos neurônios cerebrais e sua função normal é desconhecida. Nos pacientes afetados pela doença a proteína se encontra no núcleo celular.
Nas alterações bioquímicas, os níveis de sustâncias neurotransmissoras como ácido gammaaminobutírico (GABA) e sua enzima descarboxilada de acido glutâmico estão diminuídos nos gânglios basais, igual que os níveis de acetilcolina.


Os primeiros sintomas da doença são movimentos exagerados das mãos, agressividade, impotência, alcoolismo, esquizofrenia, depressão.
Para seu tratamento são usados inibidores da acetilcolinesterasa que tem efeitos positivos no déficit cognitivo. 


 (acima: paciente com doença de Huntington,
 abaixo: pessoa normal)












Postado por Maria Rugeles

Bibliografia:
ttp://medicina.ufm.edu/index.php/Enfermedad_de_Huntington 
http://es.wikipedia.org/wiki/Enfermedad_de_Huntington

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

DOENÇA DE PARKINSON OU MAL DE PARKINSON



      Vamos falar um pouco sobre uma doença cerebral degenerativa que tem início normalmente a partir dos 60 anos de idade e tem incidência de 1% das pessoas com idade de 60 anos e 2% com a idade de 70 anos: O MAL DE PARKINSON.


      O mal de Parkinson é uma doença causada por um distúrbio neurológico que afeta o Sistema Nervoso Central e causa, gradativamente, disfunções motoras. Suas causas ainda não são muito compreendidas, porém é sabido que ocorre devido à degeneração de células localizadas em uma região do mesencéfalo denominada substância negra. Nessa região, há presença de neurônios que possuem melanina, um pigmento escuro, daí a razão para tal nome. A substância negra conecta-se com um grupo de neurônios que formam os gânglios da base, através de sinapses. 

      Além da melanina, a substância negra produz também dopamina, um neurotransmissor que estabiliza os movimentos e participa do controle e execução dos mesmos na via nigroestriatal (essa via se projeta da substância negra aos gânglios da base, está envolvida na coordenação dos movimentos voluntários e concentra a maior parte da dopamina cerebral). Ela (a dopamina) ainda é inibitória no corpo estriado e participa da coordenação de impulsos nervosos. O paciente que sofre da Doença de Parkinson apresenta uma diminuição nas concentrações de dopamina, acarretando em um descontrole da transmissão de impulsos nervosos, promovendo movimentação excessivamente ativa e desordenada.

      Os sintomas do mal de Parkinson mais observados são tremores nas mãos e nos pés (em geral com um lado mais intenso que o outro), postura inclinada, rigidez da expressão facial, rigidez nas articulações, perda de equilíbrio, salivação excessiva, andar arrastado, fraqueza óssea. Vale citar também que os sintomas podem variar de um caso para outro, e que no início da progressão da doença um lado manifesta mais claramente os sintomas do que o outro, porém com o decorrer do tempo os dois lados são afetados de forma mais semelhante.

      A doença de Parkinson não tem cura, porém tem tratamento, o que ajuda a preservar a qualidade de vida do paciente durante o curso da doença. Os primeiros medicamentos empregados no tratamento dessa doença que tiveram alguma eficácia reconhecida foram drogas anticolinérgicas derivadas da beladona, introduzidas no final do século passado. Porém, com o passar do tempo, novos tratamentos foram sendo desenvolvidos e pode-se citar os seguintes fármacos mais empregados na atualidade: selegilina, amantadina, anticolinérgicos, levodopa, agonistas dopaminérgicos.




      Por ser uma doença relacionada ao envelhecimento, o mal de Parkinson é foco que muitas pesquisas em países desenvolvidos, onde uma grande porcentagem da população é idosa. Mas deve-se lembrar que apesar de o Parkinson ser mais incidente sobre a população mais idosa, ele também ocorre, mesmo raramente, em pessoas mais jovens.

Postado por Beatriz Mariani

FONTES:

Alzheimer


Hoje falaremos um pouco sobre uma doença bem conhecida de grande parte da população, ALZHEIMER.  Com a mudança do perfil demográfico de todo o mundo, esta doença tem se tornado cada vez mais frequente, uma vez que tal patologia é encontrada em maior número entre pessoas idosas.

O Alzheimer é uma desordem neurodegenerativa que começou a ser desvendada não faz muito tempo. Iniciou-se o entendimento de tal doença a partir da descoberta de que os cérebros de pessoas que possuíam tal patologia eram atrofiados e microscopicamente havia presença de fusos neurofibrilares, placas senis e perda neuronal.
Os fusos neurofibrilares são formados, principalmente, por acumulação de pares de filamentos espiralados (PHF), e a proteína associada a microtúbulos (tau) é um de seus componentes fundamentais. A tau é uma proteína que, juntamente com a PHF, é anormalmente fosforilada. Há evidencias de que a tau fosforilada é ineficiente no papel de polimerização de tubulina e, quando isso ocorre, ela se agrega na forma de PHF, o que a torna insolúvel, forma-se subsequentemente os novelos neurofibrilares (NFT). Isso leva à ruptura do citoesqueleto celular, causando mais tardiamente a morte celular. O β-amilóide está envolvida nesse processo, uma vez que promove a ação das cinases que levam a fosforilação anormal da proteína tau.
O β-amilóide faz parte das placas senis, que são depósitos extracelulares entre os neurônios. Esse β-amilóide é derivado de uma proteína precursora de amiloide (PPA), cujo gene de origem encontra-se mutado em pessoas com o início precoce da doença de Alzheimer.
No entanto, como a maioria dos casos da doença era de início tardio, a mutação da PPA não era suficiente para explicar, o que levou a mais pesquisas. Descobriu-se mais tarde a associação entre uma região do cromossomo 19, responsável pela produção de apoliproteína E (ApoE) e a doença de Alzheimer. A ApoE regula a produção e excreção de colesterol e outras lipoproteínas de baixa densidade. Ela possui também o papel fundamental na mobilização e redistribuição de colesterol para a regeneração do sistema nervoso central e periférico, além de participar do metabolismo lipídico normal do cérebro. O envolvimento da ApoE no Alzheimer tornou-se mais evidente quando foi descoberta a presença desse composto nas placas senis e nos novelos neurofibrilares.  Por apresentar polimorfismo, determinada pelos alelos ε4 (Cys112®Arg), ε3 (Cys112), e ε2 (Arg148®Cys), descobriu-se que a presença do ε4 que associa-se ao surgimento do Alzheimer.

Ademais, sabe-se que com a degeneração dos neurônios, há uma diminuição da atividade da acetilcolina pelas enzimas que a degradam, o que agrava ainda mais a doença.
No que se refere às consequências da doença de Alzheimer, as principais são a progressiva e agressiva deterioração das funções cerebrais, levando a perda da memória, da linguagem, da razão e da habilidade de desempenhar tarefas simples do dia-a-dia, como cuidar de si próprio.

Para saber mais detalhes acerca de tal doença, visite o blog:

Postado por Sávia Viana

Referências:


Aspectos Gerais do Envelhecimento Cerebral




 
                  Com o avanço de idade, a expressão gênica sofre variações de acordo com o envelhecimento cerebral - nem sempre gerando déficits funcionais, mas de fato alterando sua dinâmica regulatória.
                 Há, com isso, maior risco para doenças neurodegenerativas, com contínua perda de estruturas ou de funções dos neurônios, comprometimento cognitivo leve, demência, Alzheimer e, em grande parte dos casos, depressão inicial, perda de memória, confusão e diferenças comportamentais.





                  O cérebro, contudo, apresenta uma poderosa característica denominada neuroplasticidade. Ela constitui a substituição de células nervosas, o restabelecimento de conexões neurais em resposta a lesões, maleabilidade e adaptação às mais diversas condições dos indivíduos, além de notória remodelação neural. Também é importante ressaltar que aprendizagem, estímulo à memória e atividades físicas regulares contribuem significativamente para o aumento da comunicação entre células nervosas e, assim, um retardamento de lesões cerebrais.
                 Voltando rapidamente a um assunto anteriormente abordado, torna-se de fundamental importância apontar o efeito do estresse oxidativo em tal processo supracitado. Ele está relacionado à desregulação das quantidades de espécies reativas de oxigênio (ROS), as quais podem proporcionar modificações e disfunções protéicas severas. Contribui para o avanço de doenças neurodegenerativas devido à diminuição da defesa antioxidante do organismo.




                  Cada pessoa apresenta de 50000 a 100000 neurônios a menos todos os dias. Essa perda, contudo, é compensada pela realização de novas sinapses e estímulo ao crescimento dos axônios nervosos.
                 Assim, a velhice traz consigo uma diminuição de neurotransmissores, desregulação de ROS e maior probabilidade de desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Ocorre deficiência na coordenação motora, distúrbios de sono, lapsos de memória e lentidão da condução nervosa geradas essencialmente pelo envelhecimento do cérebro, tão potente aliado à sobrevivência humana.



http://www.micrex.com.br/medical-news/91-envelhecimento-cerebral-memoria-alzheimer
http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/04/07/envelhecimento-cerebral/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1999000100015