domingo, 24 de fevereiro de 2013

Pílula anti-envelhecimento?



     Estudos feitos no laboratório de Andrzej Bartke mostram que ratos com uma mutação genética que inibe o hormônio do crescimento ou IGF (insuline growth factor) apesar de terem um terço do tamanho de um rato normal, eles apresentam um envelhecimento diferente. Estes aparentam estar mais jovens e são mais saudáveis em comparação aos outros com o passar do tempo.

     Experimentos como esse evidenciam que o processo de envelhecimento não é tão incontrolável como se imagina e desperta, portanto, a busca por mecanismos e medicamentos que podem retardar esse processo ou prevenir efeitos com as doenças que têm como principal fator de risco a idade.
    Este será então o tema deste post, com base no artigo, vamos entender quais são as perspectivas de se ter uma pílula anti -envelhecimento e em que se baseia os estudos que buscam esse medicamento "milagroso".



  Uma das pesquisas mais antigas a respeito de mecanismos de envelhecimento, que se iniciou na década de 1930 e vem sendo trabalhada por diferentes estudos até hoje, busca mostrar se uma dieta de restrição calórica aumenta o tempo de vida. Ao longo desse tempo, portanto, um conjunto de estudos mostrou que a redução na ingestão de calorias em 30%, sem causar desnutrição, refletiu em uma extensão do tempo de vida de todas as espécies estudadas. Além disso, também foi mostrado que essa restrição também diminui a incidência de doenças relacionadas com o envelhecimento, como câncer, diabetes e doenças auto-imunes.

     Isso foi uma descoberta de muita importância e por esse motivo vem sendo trabalhada até hoje, pois com um só tratamento, seria possível tratar de mais de uma enfermidade que é consequência desse processo natural. Dessa forma começou a se pensar em um medicamento que pudesse agir da mesma forma que essa dieta age, mas para isso seria necessário saber onde e como essa restrição atinge o organismo. A maior parte das pesquisas acredita que isso se dê por dois caminhos centrais: o primeiro seria a IGF, como já foi citado; o segundo seria o TOR (alvo da rapamicina).
    Estudos recentes sobre a ação da rapamicina mostraram que ao se adicionar essa substância na comida de ratos, o tempo de vida aumentou em 14% nas fêmeas e 9% nos machos. Não se sabe ainda como ela promove esses efeitos, onde ela age especificamente. Assim, não há como considerá-la como opção para um medicamento ainda, visto que apresenta sérios efeitos colaterais, sendo a imunosupressão um dos mais importantes entre eles. Por esse motivo, os pesquisadores continuam estudando com o objetivo de se saber exatamente a forma de ação da rapamicina, para que assim encontrem um medicamento que tenha o mesmo resultado com menos efeitos negativos para o organismo.
     Então, por enquanto esse medicamento "milagroso" que é o sonho de muita gente ainda não aconteceu,  mas para você que acreditava que isso nunca seria possível, esses estudos mostraram que talvez seu pensamento esteja errado.



     Espero que tenham aproveitado esse post super interessante e o nosso blog!

Postado por Adriana Silva

Referências:
http://www.nature.com/nature/journal/v492/n7427_supp/full/492S18a.html

          

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