Hoje falaremos um pouco sobre uma
doença bem conhecida de grande parte da população, ALZHEIMER. Com a mudança do perfil demográfico de todo o
mundo, esta doença tem se tornado cada vez mais frequente, uma vez que tal
patologia é encontrada em maior número entre pessoas idosas.
O Alzheimer é uma desordem
neurodegenerativa que começou a ser desvendada não faz muito tempo. Iniciou-se
o entendimento de tal doença a partir da descoberta de que os cérebros de
pessoas que possuíam tal patologia eram atrofiados e microscopicamente havia
presença de fusos neurofibrilares, placas senis e perda neuronal.
Os fusos neurofibrilares são
formados, principalmente, por acumulação de pares de filamentos espiralados
(PHF), e a proteína associada a microtúbulos (tau) é um de seus componentes
fundamentais. A tau é uma proteína que, juntamente com a PHF, é anormalmente fosforilada.
Há evidencias de que a tau fosforilada é ineficiente no papel de polimerização
de tubulina e, quando isso ocorre, ela se agrega na forma de PHF, o que a torna
insolúvel, forma-se subsequentemente os novelos neurofibrilares (NFT). Isso
leva à ruptura do citoesqueleto celular, causando mais tardiamente a morte
celular. O β-amilóide está envolvida nesse processo, uma vez que promove a ação
das cinases que levam a fosforilação anormal da proteína tau.
O β-amilóide faz parte das placas
senis, que são depósitos extracelulares entre os neurônios. Esse β-amilóide é
derivado de uma proteína precursora de amiloide (PPA), cujo gene de origem
encontra-se mutado em pessoas com o início precoce da doença de Alzheimer.
No entanto, como a maioria dos
casos da doença era de início tardio, a mutação da PPA não era suficiente para
explicar, o que levou a mais pesquisas. Descobriu-se mais tarde a associação
entre uma região do cromossomo 19, responsável pela produção de apoliproteína E
(ApoE) e a doença de Alzheimer. A ApoE regula a produção e excreção de
colesterol e outras lipoproteínas de baixa densidade. Ela possui também o papel
fundamental na mobilização e redistribuição de colesterol para a regeneração do
sistema nervoso central e periférico, além de participar do metabolismo
lipídico normal do cérebro. O envolvimento da ApoE no Alzheimer tornou-se mais
evidente quando foi descoberta a presença desse composto nas placas senis e nos
novelos neurofibrilares. Por apresentar
polimorfismo, determinada pelos alelos ε4 (Cys112®Arg), ε3 (Cys112), e ε2 (Arg148®Cys), descobriu-se que a presença do ε4
que associa-se ao surgimento do Alzheimer.
Ademais, sabe-se que com a
degeneração dos neurônios, há uma diminuição da atividade da acetilcolina pelas
enzimas que a degradam, o que agrava ainda mais a doença.
No que se refere às consequências da doença de
Alzheimer, as principais são a progressiva e agressiva deterioração das funções
cerebrais, levando a perda da memória, da linguagem, da razão e da habilidade
de desempenhar tarefas simples do dia-a-dia, como cuidar de si próprio.
Para saber mais detalhes acerca
de tal doença, visite o blog:
Referências:
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